Eles morreram na terra, mas viverão em Deus por Jesus Cristo. Sendo Deus, Jesus
fez-se filho de Adão para salvar o seu pai terreno. Meditando a chegada de
Cristo, que veio no Natal e que vai voltar no final da História, devemos buscar
o arrependimento dos nossos pecados e preparar o nosso coração para o encontro
com o Senhor. Para isso, nada melhor que uma boa Confissão, bem feita.
No 2º Domingo,
Meditamos a fé dos Patriarcas.
Eles acreditaram no dom da terra prometida. Pela fé, superaram todos os obstáculos e
tomaram posse das Promessas de Deus. É uma oportunidade de meditarmos em nossa
fé; nossa opção religiosa por Jesus Cristo; nosso amor e compromisso com a
Santa Igreja Católica – instituída por Ele para levar a salvação a todos os
homens de todos os tempos. Qual tem sido o meu papel e o meu lugar na Igreja?
Tenho sido o missionário que Jesus espera de todo batizado para salvar o mundo?
No 3º Domingo,
Meditamos a alegria do rei Davi.
Ele celebrou a aliança e sua perpetuidade. Davi é o rei imagem de Jesus, unificou o
povo judeu sob seu reinado, como Cristo unificará o mundo todo sob seu comando.
Cristo é Rei e veio para reinar; mas o seu Reino não é deste mundo; não se
confunde com o “Reino do homem”; seu Reino começa neste mundo, mas se perpetua na eternidade, para onde devemos ter os olhos fixos, sem tirar os pés da terra.
No 4º Domingo,
Contemplamos o ensinamento dos Profetas:
Eles anunciaram um Reino de paz e de justiça com a vinda do Messias. O Profeta
Isaías apresenta o Senhor como o Deus Forte, o Conselheiro Admirável, o
Príncipe da Paz. No seu Reino acabarão a guerra e o sofrimento; o boi comerá
palha ao lado do leão; a criança de peito poderá colocar a mão na toca da
serpente sem mal algum. É o Reino de Deus que o Menino nascido em Belém vem trazer: Reino de Paz, Verdade, Justiça, Liberdade, Amor e Santidade.
As celebrações da Igreja
possuem uma riqueza no que diz respeito aos símbolos e cerimônias que a acompanham.
Estes símbolos abaixo representam alguns dos símbolos do nosso Natal:
Coroa do Advento:
Sua forma de círculo representa a eternidade. Acredita-se que tenha sua origem no paganismo como um amuleto contra as maldições. Os Cristãos utilizaram a Guirlanda
ou coroa do Advento como um símbolo de esperança e amor divino. O material da qual é formada, galhos de pinheiros e azevinho, é verde como a esperança e seu laço vermelho, simboliza o amor de Deus aos homens. As quatro velas simbolizam os 4 domingos do advento que por sua vez simbolizam os 4000 anos de Adão até a chegada do Messias na terra.
Árvore de Natal:
O uso de árvore em festividades de Dezembro já estava presente no Egito Antigo. A Árvore é símbolo de esperança e de vitória da vida contra a morte, simbolizada pelo rigor do inverno no hemisfério Norte. Os Druidas utilizavam carvalhos enfeitados neste mesmo dia na Festa pagã do Sol Invíctus. Os primeiros relatos sobre a Ávore de Natal aparecem na Alemanha no século XVI. No cristianismo o seu significado refere-se ao Reino de Deus com seus galhos e frutos coloridos, que foi inaugurado com o nascimento do Messias. Lembremo-nos também que no Inverno rigoroso da Europa, todas as árvores, exceto o pinheiro, perderam suas folhagens no outono, por isso, o pinheiro é visto também como o cristão que nunca deixa sua fé ser abalada diante das adversidades da vida.
Presépio:
É mais comum nos países católicos, e sua origem remonta o século XIII. Obra de São Francisco de Assis que queria recriar a cena do nascimento do Salvado no ano de 1223. São Francisco utilizou pessoas e animais de verdade para o presépio. Depois disso com o passar dos anos as pessoas começaram a fabricar imagens de gesso e madeira do nascimento de Jesus para adornar as casas e as igrejas.
A estrela:
Simboliza a Estrela que guiou os Magos vindos do Oriente a adora o Senhor, o Rei dos reis (Mt 2, 2.9.10).
Velas:
Simbolizam a Cristo que é Luz do Mundo que rompeu as trevas da noite e do pecado para nos salvar.
Ceia de Natal:
Lembra-nos a última ceia na qual Jesus Instituiu a Santíssima Eucaristia. A família reunida na ceia lembra-nos de que Cristo é nosso centro. Nossa vida deve está em torno do Salvador que veio ao mundo redimir os pecadores.
Missa do Galo:
O fato da missa da meia-noite que já era celebrada nas origens do cristianismo se chamar dessa forma se deve ao fato de que o horário que correspondia as 00h até as 3h da madrugada era conhecida em Roma antiga como hora do Galo. Hora do galo pois é nesse horário que os galos cantam. Por isso ficou conhecida como Missa do Galo até hoje.
Advento
É tempo de voltar-nos para o Deus que nos ama e que está bem perto de nós. É
tempo da fé nas coisas novas, no novo céu e nova terra onde habita a justiça e
a paz. É tempo de limpeza e arrependimento, de opção por uma vida saudável em que sobra espaço para a solidariedade, a verdade, a paz e a comunhão. É tempo da construção da esperança e da vida comunitária que rompem os nossos limites e entendimento. É tempo de alegria, de festejar o amor de Deus por nós.
O tempo do Advento deve ser uma boa preparação para o Natal, deve ser marcado pela conversão de vida – algo fundamental para todo cristão. É um processo de vital importância no relacionamento do homem com Deus. O grande inimigo é a soberba, pois quem se julga justo e mais sábio do que Deus nunca se converterá.
Quem se acha sem pecado, não é capaz de perdoar ao próximo, nem pede perdão a Deus.
Deus – ensinam os Profetas – não quer a morte do
pecador, mas que este se converta e viva. Jesus quer o mesmo: “Eu vim para que todos tenham a vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10). Por isso Ele chamou os pecadores à conversão: “Convertei-vos, porque está próximo o Reino dos Céus” (Mt 4,17); “convertei-vos e crede no Evangelho”
( Mc 1,15).