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Eu quero apenas ajudar a Igreja Catolica Apostolica Romana, por amor que eu tenho a Deus.



ABC DA LITURGIA

ABC DA LITURGIA

 

                                                                         CÍRIO

“Círio” é uma palavra da origem (“cereus-i”), que quer dizer “vela de cera”. )Não tem nada haver com  “sírio”, que é a pessoa originária ou habitante de Síria).

A primeira função das “velas” é iluminar um costume que vem da Antigüidade cristã é o de colocar lamparinas, tochas ou velas sobre os túmulos: simboliza, a fé na luz (perpétua) e na vida (imperecível). De acordo com Santo Hilário de Poitiers, essas velas são “a luz radiosa das almas, que resplende através do sacramento do batismo”. Sobre os altares – ou, mais recentemente – ao lado dos altares das igrejas católicas, se colocam velas (grandes) durante a celebração da Eucaristia ou na celebração de Ofícios das Horas. Os dois candelabros postados aos lados do altar representam a alegria do paganismo e do judaísmo pelo nascimento do Salvador: para os hebreus, de acordo com a palavra de Isaías (60,1); para os pagãos, de acordo com as palavras do apostolo (Ef 5,8) Diante do Santíssimo, as igrejas católicas mantém a chamada “lâmpada perpétua”, indicando o sacrário com a reserva eucarística. No batismo e na crisma a presença das velas é um dos elementos para compreensão do próprio sacramento. Mas é sobretudo na Vigília Pascal – com a benção do Círio e a progressiva iluminação da Igreja – que o Círio mostra todo o seu simbolismo. As representações de Cristo no trono (cf Ap 4,5), sete lâmpadas simbolizam os dons do Espírito Santo. Os grandes lampadários em forma de círculo com as suas doze velas falam dos doze apóstolos, dos Doze patriarcas, das Doze tribos, e do futuro esplendoroso de Jerusalém celeste. Na religiosidade popular, não pode faltar velas diante dos santos, nas procissões e na hora da morte.

 

                                                                                           NA BILBIA

 

  • Em sentido metafórico, deus mesmo é lâmpada: tu és minha lâmpada, Senhor; o Senhor ilumina as minha trevas”(2Sm 22,29). Á palavra de Deus é fonte de luz que ilumina o caminho do fiel (Sl 119,105).
  • Na parábola da dracma perdida, a dona da casa ilumina com uma lamparina todos os cômodos da casa (Lc 15,8): o amor de Deus como luz vai ao encontro dos que estão perdidos! De fato, o Senhor está disposto a procurar e a receber de volta o pecador, tirando-o da mais profunda escuridão e iluminando-o com a sua luz.
  • A parábola das virgens prudentes com suas lâmpadas munidas de óleo e das virgens loucas despreparadas para a chegada do noivo, é um apelo a vigiar constantemente e a estar sempre preparados para a chegada do Senhor (Mt 25,1-13).
  • No Apocalipse, aparece a imagem do candelabro (Ap 1,12.20;2,1); neste caso, porém, não tem sete braços (como a menorah judaica), mas tão somente sete lâmpadas: “as sete lâmpadas são as sete igrejas (= imagem da igreja na sua totalidade )”para as quais são dirigidas as mensagens de Apocalipse.

 

 

                                                                                              NA VIDA

 

  • A vela e o candelabro (“candelabro” é uma palavra de origem latina – a palavra “candela-ae”, que quer dizer “vela”) remetem, portanto, ao simbolismo da luz. Simbolicamente, exprimem que as amedrontadoras e sinistras potências das trevas devem ficar longe da vida dos indivíduos e das comunidades.
  • Nos templos egípcios, na noite da passagem de ano, acendiam-se luzes no templo.
  • Na Grécia, diante das imagens da divindade, uma luz ficava permanentemente acesa (cf Plutarco).
  • Na Antigüidade, lâmpada era símbolo de vida, e, por isso, era pendurada nas colunas dos túmulos – ou sobre os túmulos – para ‘fazerem (simbolicamente) companhia’aos mortos. “Dai-lhes, Senhor, a o descanso eterno, e a luz perpétua os ilumine”, rezamos ainda hoje pelos os nossos falecidos.
  • O Círio pascal – aceso, abençoado, levado solenemente em procissão, entronizado – lembra o fogo que precedia o povo de Israel em sua caminhada pelo o deserto; simboliza o Cristo ressuscitado, vencedor das trevas da morte, misteriosamente presente na Igreja e na humanidade, Senhor da gloria, que, manifestará todo o seu humilde esplendor no final dos tempos. Á vela do batismo, acesa no Círio Pascal, é a fé que pais e padrinhos devem alimentar no filho ou afilhado, para que esta a fé seja o sentido de sua vida e luz para os seus passos.
  • O fato de ser “Círio”, quer dizer, feito de “cera” de abelha, também carrega rico simbolismo. Á cera concentra os três reinos da natureza, que tem no ser humano seu cume: é feita de pólen das flores; é elaborada pela abelha; é retrabalhada pelo homem. A vela queima – nossa vida é transitória; queimando, ilumina; queimando ate o fim, ilumina o sentido da vida, que é amor-serviço-doação. É como grão de trigo, que, caindo na terra, se não morrer, não frutifica, mas, se morrer, dá vida e vida em abundância!

 

 

                                                                 PRECÔNIO PASCAL (INTODUÇÃO)

 

                                          

Exulte o céu, e os anjos triunfantes,

mensageiros de Deus,desçam cantando;

façam soar trombetas fulgurantes,

a vitória de um Rei anunciando.

 

Alegre-se também a terra amiga,

que em meio a tantas luzes resplandece;

e, vendo dissipar-se a treva antiga,

ao sol do eterno rei brilha se aquece.

 

Que a mãe igreja alegre-se igualmente,

erguendo as velas deste fogo novo,

e escute, reboando de repente,

o Aleluia cantado pelo povo.





    ABC DA LITURGIA

  Dias litúrgicos e... dias litúrgicos

 

 

   A liturgia – como, aliás, a vida – segue um ritmo que garante a repetição, características da ação ritual e da ação memorial. Repetindo – como nós repetimos o ato de comer, de beber, de dormir – a igreja revela e guarda a sua identidade. Fazendo memória do Mistério – cujo o centro é a Morte e Ressurreição de Cristo – a liturgia obedece a três ritmos diferentes: o ritmo diário, que alterna manhã e tarde, dia e noite, luz e trevas: o ritmo semanal, que alterna trabalho e repouso, ação e oração, ação e celebração: e o ritmo anual, em que se alternam as estações e se passa de um ano a outro, desde o primeiro dia da Criação ao dia sem fim da Nova Criação.

   Os dias litúrgicos não são todos iguais. Há dias litúrgicos e dias litúrgicos. Por isso, as Normas Universais sobre o Ano Litúrgico e o Calendário Romano (sigla NALC), baixadas pelo o Papa Paulo VI, em 1969, distinguem quatro classes de dia litúrgico: Solenidades, Festas, Memória e Comemorações.

 

 

     SOLENIDADES

 

 “Solenidades” são os dia mais importantes do Ano Litúrgico, sua celebração começa já no dia anterior, com as Primeiras Vésperas. Algumas solenidades começam mesmo com uma missa própria para a Vigília, celebrada na véspera (aqui no sentido de dia anterior) quando da Missa vespertina (aqui no sentido de missa do fim da tarde ou inicio da noite). As solenidades têm orações, leituras e cantos próprios ou retirados do Comum.

  Exemplos de “solenidades” são o Natal (25 de dezembro), o dia da Santa Mãe de Deus (1° de janeiro), a Epifania, a Anunciação (25 de março) a Páscoa, a Ascensão, Pentecostes, Corpus Christi, Sagrado Coração de Jesus, São Jose, esposo de Maria (19 de março) etc.

 

   FESTAS

 

 “Festas” são ainda dias importantes do Ano Litúrgico, mas ‘menos’ que as Solenidades. São celebradas nos limites do dia natural. Na têm Primeiras Vésperas, a menos que se trate das festas do Senhor que ocorrem nos domingos do Tempo Comum e do Tempo do Natal. As orações, leituras  e cantos das “festas” são próprios ou do Comum.

  Exemplos de “festas”: Batismo do Senhor, Apresentação do Senhor, as celebrações dos vários Apóstolos (com exceção de São Pedro e São Paulo, que é uma solenidade) etc.

 

 

   MEMÓRIAS

 

 

  Chama-se “Memória” a recordação de um ou mais santos ou santas em dia de semana. Algumas memórias têm orações próprias. Outras só têm de própria a Oração do Dia. As leituras são aquelas do dia de semana em que ocorram, de acordo com as normas da Instrução Geral sobre o Missal Romano e a Liturgia das Horas.

 Há dois tipos de “memória”: obrigatória e facultativa. “Memória obrigatória” é aquela que deve necessariamente ser celebrada. “Memória facultativa” é aquela que pode ou não ser celebrada levando-se em conta alguns critérios de discernimento. Aos sábados do Tempo Comum, por exemplo, quando não houver nenhuma memória obrigatória, pode-se celebrar a memória facultativa da Santa Virgem Maria.

    Acontece que, em alguns dias, ocorrem no Calendário Litúrgico duas ou mais memória facultativa, neste caso, opta-se por uma e omitem-se a outra ou as demais.

“Memórias” é o que mais há no Calendário Litúrgico. “Obrigatórias”  são por exemplo, Santa Inês (21 de Janeiro), São Tito e Timóteo (26 de janeiro), Santo Tomás de Aquino (28 de janeiro), Santa Mônica (27 de agosto), Santo Agostinho (28 de agosto), Martírio de São João Batista (29 de agosto), etc. “Facultativas” são, entre tantas, São Roberto Belarmino (17 de setembro), São Cosme e Damião (26 de setembro), São Benedito o Negro (5 de outubro), São João Diego (11 de dezembro).

 

       COMEMORAÇÕES

 

As memórias obrigatórias, que caem nos dias de semana da Quaresma e nos dias entre 17 e 24 de dezembro ambos (incluídos), pode ser celebradas como memórias facultativas. Dada a especial importância do período litúrgico em que ocorrem, não são chamadas de “memórias”, mas apenas de “comemorações”. “Comemoração” é também a classificação da celebração de Todos os Fiéis defuntos, no dia 2 de novembro. Não sendo nem solenidade, nem festa, nem memória, é uma “comemoração” especial, que deve ser celebrada mesmo ocorrendo de domingo.

 

 

     COMO SABER SE É SOLENIDADE, FESTA,  

        MEMÓRIA...?

 

       A maneira mais prática e ‘infalível’ é consultar o Diretório da Liturgia publicada anualmente pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (no caso do nosso país).

       No Diretório de Liturgia, você encontra todas as informações e orientações para cada dia do Ano. Você fica sabendo se é Solenidade, Festa, Memória, Memória Facultativa, Comemoração. Você vê qual é a cor litúrgica a ser usada. Ali você encontra, para cada dia, a citação das leituras, etc.

       Toda paróquia – e comunidade onde se celebre com razoável freqüência – deve ter um exemplar do Diretório. Não basta que o Diretório fique no escritório do padre ou na secretaria da paróquia.

       É muito importante que um volume do Diretório esteja a disposição do padre, dos ministros, das equipes de celebração também na Sacristia ou em lugar de fácil acesso aos responsáveis pela Liturgia.

       Folheto Litúrgico pode errar. Subsídio  pode errar. O tira-teimas mesmo é o DIRETÓRIO DE LITURGIA publicados pelos bispos da CNBB.

 

“A cristo, que era, que é e que há de vir, Senhor do tempo e da história, louvor e glória pelos os séculos dos séculos. Amem.”